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Valter Ferreira de Carvalho Júnior foi sentenciado pelo assassinato de Anderson Teixeira e tentativa de homicídio de Letícia Santos, em crime ocorrido em 2014.
O Ministério Público de Alagoas (MPAL) obteve, nesta quarta-feira (10), a condenação de Valter Ferreira de Carvalho Júnior a 29 anos e dois meses de prisão pelos crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio qualificado. O julgamento, que ocorreu no Fórum de Maceió, foi conduzido pelo juiz Geraldo Cavalcante Amorim.
A condenação se refere a um crime ocorrido em agosto de 2014, em que Valter premeditou o assassinato de Anderson Medeiros Teixeira e a tentativa de homicídio contra Letícia Soares dos Santos, após uma discussão trivial no estacionamento da Praia do Gunga, no litoral alagoano.
De acordo com a acusação, a briga entre os envolvidos teve início por conta de R$ 3,00, uma taxa irregular cobrada para a utilização do estacionamento. Após o pagamento da quantia, Anderson teria manifestado a intenção de acionar o Procon, o que gerou a reação agressiva de Valter. Em um ato de vingança, pouco tempo depois, nas imediações da ponte da lagoa do Roteiro, o veículo de Valter interceptou a motocicleta em que o casal seguia. O passageiro, William de Souza Ferreira, disparou contra as vítimas, matando Anderson e deixando Letícia gravemente ferida.
Letícia, a única sobrevivente do atentado, relatou em seu depoimento que, desde o crime, sofreu sérias consequências psicológicas, como depressão, ansiedade e fobias, incluindo crises de pânico ao se deparar com carros.
Durante o julgamento, o conselho de sentença acolheu integralmente a tese do Ministério Público, representado pela promotora Adilza Inácio de Freitas, que argumentou a existência de motivo fútil e o uso de arma de fogo como qualificadoras. A promotora destacou a brutalidade do ato: “Estamos diante da banalidade do mal, onde a vida de um ser humano não tem nenhum valor para esse tipo de criminoso.”
A pena de Valter Ferreira será cumprida inicialmente em regime fechado, com execução imediata. A condenação, que visa garantir a justiça para as vítimas e suas famílias, também serve como um alerta para os riscos de violência exacerbada diante de desentendimentos banais.