Decisão converte prisão temporária em preventiva; jovem teria incendiado a casa e tentado se apropriar do benefício da vítima

A Justiça converteu em preventiva a prisão da jovem de 22 anos acusada de matar a própria mãe, Jane Maristela de Oliveira, de 50 anos, em Arapiraca. O crime aconteceu no dia 5 de agosto de 2025, no bairro Jardim Esperança, e chocou a população pela brutalidade.
A decisão foi proferida pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Arapiraca, após representação do delegado Edberg Sobral de Oliveira, da 4ª Delegacia Regional de Polícia (4ª DRP). A acusada responde por homicídio triplamente qualificado, cometido com o uso de fogo.
Segundo as investigações conduzidas pela equipe do 53º Distrito Policial, a jovem teria ateado fogo na casa após o crime. Testemunhas relataram que ela confessou o assassinato e afirmou que “Jesus mandou jogar a própria mãe dentro do fogo”.
O caso também revelou que a acusada ameaçou matar a tia e a avó materna, motivada pelo desejo de se apropriar do benefício previdenciário que a mãe recebia do INSS. A vítima teria se negado a entregar o dinheiro à filha pouco antes de ser morta.
O juízo considerou que a acusada representa risco à ordem pública, descrevendo-a como “supostamente violenta, dissimulada e fria”. A decisão destacou ainda o perigo de fuga, já que ela não possui residência fixa após a destruição da casa e os familiares se recusam a recebê-la.
A jovem permanece presa no Presídio Feminino Santa Luzia, em Maceió, à disposição da Justiça. Em caso de condenação, a pena pode ultrapassar 30 anos de reclusão.