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O Ministério da Fazenda e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), chegaram a um acordo que resultou no adiamento da apresentação do relatório sobre a reforma do Imposto de Renda. A decisão foi tomada após conversas reservadas entre Lira e interlocutores do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que avaliaram o atual cenário político como pouco favorável para avançar com o tema.
O principal fator que motivou o adiamento foi o clima de animosidade que se instalou entre o governo federal e o Congresso Nacional nas últimas semanas. Parlamentares demonstraram insatisfação com a condução de medidas do Executivo, especialmente após a derrubada de um decreto que alterava regras do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Esse desgaste político aumentou a resistência a qualquer nova proposta de reestruturação tributária no curto prazo.
Além do embate institucional, a agenda política em Brasília se encontra esvaziada. Parte significativa dos parlamentares e autoridades do Judiciário está em Lisboa, onde participam de um evento jurídico organizado pelo Instituto do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. A ausência de lideranças políticas e a redução das atividades no Congresso também contribuíram para que Lira e Haddad optassem por adiar a discussão.
Arthur Lira, que acumula a função de relator da reforma do Imposto de Renda, deve retomar a análise do texto assim que houver consenso e ambiente político mais estável para a tramitação da proposta.