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Caso Gabriel Lincoln, morto em Palmeira dos Índios, será tema de reportagem neste domingo; investigação aponta arma plantada e militares são denunciados
A morte de Gabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos, volta a ganhar repercussão nacional. O episódio será tema de reportagem especial no programa Domingo Espetacular, da TV Record, apresentado por Roberto Cabrini e Camila Busnello, que vai ao ar neste domingo (21), a partir das 19h30, logo após o Acerte ou Caia!.
A equipe da emissora esteve em Palmeira dos Índios, no Agreste de Alagoas, nesta quinta-feira (18), onde realizou entrevistas exclusivas com os pais do adolescente e recolheu depoimentos sobre os momentos que antecederam a morte. Segundo a produção, a reportagem promete revelar detalhes inéditos, levantar questionamentos sobre a conduta policial e reacender o debate sobre justiça e direitos humanos, trazendo novamente Alagoas para o centro da discussão nacional.
Investigação e denúncias
O caso levou o Ministério Público de Alagoas (MPE/AL) a denunciar três policiais militares. O órgão pediu a reclassificação do crime de homicídio culposo para homicídio doloso — quando há intenção de matar. O sargento acusado de efetuar o disparo fatal responde também por fraude processual, enquanto os outros dois militares foram indiciados por adulteração da cena do crime.
Exames periciais enfraqueceram a versão da PM. O teste residuográfico deu negativo, afastando a hipótese de que Gabriel tivesse disparado uma arma. Já a análise de DNA mostrou que o material genético encontrado no revólver não pertencia ao adolescente. A Polícia Civil concluiu que o revólver foi plantado no local para simular um confronto.
Histórico
Gabriel foi morto na noite de 3 de maio, durante perseguição policial pelas ruas de Palmeira dos Índios. A versão inicial da PM dizia que o jovem teria sacado um revólver calibre .38 e atirado contra a viatura, mas apenas um disparo atingiu o adolescente pelas costas, perfurando pulmão e coração. Ele ainda foi socorrido à UPA, mas não resistiu.
A família sempre contestou a narrativa oficial, afirmando que o adolescente estava desarmado e havia saído de casa apenas para comprar alface, enquanto ajudava no quiosque de lanches dos pais. A tragédia gerou forte comoção na cidade e ampliou o debate sobre abusos de autoridade em Alagoas.