Divulgada nesta segunda-feira (08), a primeira pesquisa eleitoral da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes) aponta as intenções de votos para o Governo de Alagoas e para o Senado, bem como traz uma projeção do cenário alagoano nas intenções para Presidência da República. O estudo também mostra dados relativos as avaliações dos atuais governos federal e estadual.

A pesquisa foi realizada com 1.311 pessoas de todas as regiões do Alagoas entre os dias 1 e 5 de agosto e está registrada no site do TSE (tse.jus.br) sob o protocolo AL-03852/2022. O intervalo de confiança é de 97% e tem uma margem de erro estimada de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

“Trata-se de uma pesquisa feita por iniciativa própria e com recursos próprios da Fundepes. Não tivemos contratantes, ou seja, o destinatário dela é o cidadão, é o eleitor que precisa de um referencial seguro com informações confiáveis para usar como norte na hora de decidir o voto”, explica o diretor-presidente Ricardo Wanderley.

Embora seja uma iniciativa inédita da Fundepes, a pesquisa não é algo pontual. Até o fim do primeiro turno, mais duas serão realizadas e divulgadas. Em caso de um segundo turno, outras duas pesquisas estão previstas. Porém a inserção da Fundação no debate público não é novidade. Em 2020 a Fundepes promoveu, com êxito, uma sabatina com os então candidatos à Prefeitura de Maceió. Este ano a experiência será retomada, dessa vez com os candidatos ao Senado.

“A Fundepes não vem para tomar espaço, vem para somar. Entendemos que já há uma agenda de debates para governador com os meios tradicionais de comunicação. Dessa forma, queremos chamar atenção para outro debate muito importante, que é sobre o Legislativo. É nesse Poder que muitas decisões fundamentais são tomadas, mas infelizmente, ele acaba não sendo percebido e até negligenciado pelo cidadão durante o processo eleitoral. Nesse primeiro momento, vamos focar nos candidatos ao Senado em uma sabatina com a participação de entidades de classe convidadas, como OAB, CREA, Federação das Industrias, entre outras” esclarece Ricardo Wanderley.

O diretor-presidente também reforça que, no caso de um segundo turno, a Fundação fará uma sabatina com os candidatos remanescentes ao Governo do Estado.

Observatório

Apesar do ineditismo na Fundação, o ciclo de pesquisas eleitorais faz parte de um contexto maior dentro de um reposicionamento do papel institucional da Fundepes junto à sociedade alagoana. “Enquanto Fundação, estamos de fato, desempenhando nosso papel institucional que é, sobretudo, entregar serviços, informações e estreitar esse lapso que há entre a comunidade acadêmica e o cidadão que é o destinatário final de todo esse trabalho que vem sendo feito. Isso faz parte de um reposicionamento já iniciado pela Fundepes por meio de parcerias bastante intensas com órgãos públicos e com a linha de concursos públicos que está ativada.”

O ciclo de pesquisas eleitorais representa o primeiro passo para o lançamento, previsto para ainda esse mês de agosto, do Observatório de Dados, Estatísticas e Indicadores da Fundepes. É um laboratório que vai além da política e tem como objetivo compilar para o cidadão alagoano, informações sobre o estado nas mais diversas áreas.

Segundo Ricardo Wanderley, a intenção desse laboratório é consolidar a Fundepes enquanto uma ponte entre o que é produzido pela Universidade Federal de Alagoas e a sociedade. “Queremos que o cidadão comum – bem como pesquisadores e a comunidade acadêmica em geral – encontre na Fundepes uma fonte totalmente verossímil e confiável. Não se trata apenas de um grande compilado de dados técnicos, mas de informações em linguagem acessível e clara, para que ele compreenda o que anda se passando no nosso estado, nossas perpectivas econômicas, sociais, políticas, etc. Queremos saber as impressões e o sentimento que o cidadão alagoano tem em relação ao próprio estado.”

Essas informações serão produzidas pelo observatório a partir da expertise da própria UFAL e atendendo demandas da sociedade civil. Haverá uma periodicidade na produção desses dados, que serão disponibilizados gratuitamente para quem quiser acessá-los. Ainda segundo Ricardo Wanderley, com o lançamento do Observatório, a Fundepes assume o papel social para o qual foi criada. “É uma dívida que esta sendo resgatada agora com a sociedade. É mais uma iniciativa que, sem duvida nenhuma carrega o arrojo da Fundepe,s que se inseriu nesse debate, fugindo ao que seria habitual da atuação da Fundação até hoje. Porém isso se conecta ao seu objetivo fundacional e se conecta, sobretudo, com a sede que o cidadão tem de uma boa informação e de ter um parceiro com relação ao seu cotidiano”.

Sobre a Fundepes

A Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes) foi criada em 20 de dezembro de 1978 com a finalidade de incentivar e apoiar a pesquisa científica, extensão e cultura em geral, tendo como outorgantes a Universidade Federal de Alagoas, Federação das Indústrias do Estado de Alagoas, Federação da Agricultura do Estado de Alagoas, Federação do Comércio do Estado de Alagoas.

A Fundação tem se notabilizado, sobretudo, pelo gerenciamento administrativo e financeiro de projetos de pesquisa. A expertise proporcionada pelo planejamento, execução e acompanhamento de mais de mil projetos resultou no desenvolvimento de metodologia própria na gestão técnica e administrativo-financeira de bens e serviços.

Para atender a demanda de gerenciamento de projetos, a fundação dispõe de profissionais especializados na elaboração, análise, submissão e formalização, além da execução administrativa-financeira de projetos englobando a aquisição de bens e contratação de serviços de terceiros, importações, realização de processos administrativos, licitações, contratação de pessoal, bolsistas e estagiários.