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Neste 28 de julho de 2025, o sertão nordestino relembra os 87 anos da morte de Virgulino Ferreira da Silva, o lendário Lampião. O líder do cangaço nordestino foi morto em 1938 numa emboscada militar na Grota de Angico, em Poço Redondo, Sergipe, ao lado de sua companheira Maria Bonita e outros nove cangaceiros. A operação foi conduzida pela volante alagoana sob o comando do tenente João Bezerra.
Hoje, a Grota de Angico integra o Monumento Natural Grota do Angico e é considerada um dos mais importantes lugares de memória do cangaço no Brasil. O local se transformou em destino de romaria histórica e cultural. Todos os anos, dezenas de familiares, estudiosos e curiosos se reúnem para participar da tradicional Missa do Cangaço, celebrada em homenagem aos mortos no episódio que marcou o fim simbólico do cangaço.
A figura de Lampião continua a dividir opiniões. Para muitos, ele foi apenas um fora da lei que impôs medo ao sertão; para outros, é lembrado como um ícone de resistência diante das desigualdades sociais e da violência institucional que marcavam o Nordeste da época. Seu nome ainda ecoa em cordéis, filmes, livros e debates acadêmicos.
A perpetuação dessa memória, especialmente através de lugares como a Grota de Angico, é fundamental para compreender as nuances da história nordestina e a complexidade do fenômeno do cangaço. Lá, em meio à caatinga silenciosa e às pedras que testemunharam o fim de um dos personagens mais controversos do Brasil, ecoa ainda o fascínio pela saga de um homem que desafiou coronéis, soldados e o próprio Estado.
Lampião vive no imaginário popular — e sua memória, 87 anos depois, ainda provoca reflexão, encantamento e controvérsia.